A injeção eletrônica, para funcionar perfeitamente, precisa de alguns cuidados simples que vão garantir que você não irá ficar à pé.
Texto: Bárbara Lira
Os dois principais sistemas de alimentação de combustível encontrados nos automóveis brasileiros são o carburador e a injeção eletrônica, mas neste artigo vamos te ajudar a entender o funcionamento do sistema mais moderno, o da injeção eletrônica, e como preservá-la em pleno funcionamento.
Injeção Eletrônica
Esse é o método mais moderno e, por isso, pode ser considerado o mais inteligente.
O protagonista desse sistema é o modulo ECU (Engine Control Unit) que, traduzindo para o português significa unidade de controle do motor – um tanto autoexplicativo. Esse sistema funciona da seguinte forma: através de uma série de sensores e atuadores, o ECU é responsável por enviar o combustível de maneira controlada ao motor do veículo.
O controle ocorre porque, de forma inteligente, os componentes eletrônicos analisam o funcionamento do motor, ajustando a alimentação, com a proposta de atingir o seu melhor desempenho e eficiência.
Com isso, de acordo com as trocas de marchas que são, ou não, realizadas pelo condutor, o modulo ECU é capaz de calcular e controlar a entrada de combustível e de ar no motor.
O sistema mais antigo de alimentação de combustível, o carburador – como é popularmente conhecido – tem funcionamento mecânico, e foi utilizada nos veículos até meados da década de 1990, época em que os modelos nacionais passaram a receber a injeção eletrônica.
O primeiro automóvel que chegou no Brasil com a tecnologia da injeção eletrônica é querido até hoje por muitos: VW Gol. Em 1988, a Volkswagen lançou o Gol GTI no Salão do Automóvel – o evento existe até hoje e é sinônimo de inovação no setor automobilístico -, que trouxe a novidade em sua mecânica. A letra “i” disposta em maiúsculo na versão do veículo representa justamente a presença da injeção eletrônica no carro. Quando lançado, o VW Gol trazia a novidade no sistema monoponto – que usa apenas um bico injetor e a injeção de combustível é feita dentro do TBI (ou corpo de borboleta). Hoje em dia é diferente, é usado o tipo multiponto – quando a injeção do combustível é feita por mais de um bico injetor.
Injeção eletrônica digital X analógica
No caso do modo digital, o sistema de injeção tem o auxílio de uma central de processamento. Como um computador, ela lê o que o veículo está “pedindo” e entrega às informações por meio de um software.
Com um sistema mais simples, como prevê o nome “analógico”, os sensores conversam entre si, através de sinais eletrônicos e a resposta é um comando que libera os impulsos elétricos.
Mas, o que são as injeções eletrônicas direta e indireta?
Entre os sistemas eletrônicos, existem também 2 formas diferentes de injetar o combustível: a direta e a indireta. Para você entender melhor sobre o funcionamento do seu carro, é fundamental compreender sobre a aplicação desses 2 formatos.
A grande diferença entre ambos está, basicamente, no ponto onde acontece a injeção do combustível. Na indireta, como o nome propriamente induz, o líquido é injetado ainda no coletor de admissão, fora do cilindro. Mais comum entre os veículos, essa injeção tem um sistema mais simples.
Já no tipo direto, o sistema injeta combustível diretamente no interior da câmara de combustão (onde ocorre a queima de ar e combustível), por isso, esse sistema reduz as perdas provenientes do atrito da mistura com o interior do coletor até chegar no cilindro. Por isso a injeção direta é mais eficiente e proporciona melhor desempenho e reduzido consumo de combustível.
Ainda, há alguns motores que usam os dois sistemas de injeção ao mesmo tempo: o direto e o indireto. Nestes casos, eles podem trabalhar de maneira isolada um do outro, oferecendo economia de combustível em regimes de baixa rotação e velocidade e desempenho quando o pedal do acelerador é pressionado de maneira mais vigorosa.
Já sei sobre o tipo do sistema de alimentação do meu veículo. E agora?
Quando o motorista dá partida no carro e o motor funciona, entende-se que o sistema de injeção de combustível está funcionando corretamente.
Claro que a manutenção preventiva de ambos os sistemas é essencial e cada fabricante indica o período, em quilômetros, que ela deve ser realizada. Em média, a cada 30 mil quilômetros percorridos, por exemplo, é orientado realizar as revisões conforme o manual do proprietário. Portanto, é importante seguir minuciosamente o que pede o “Manual do Proprietário” do seu veículo para mantê-lo funcionando sempre bem.
Além disso, vale lembrar que o motorista deve se preocupar em usar combustível de boa qualidade – sendo ele etanol, gasolina ou diesel – isso evita que os produtos utilizados nos combustíveis adulterados prejudiquem o motor do seu carro. Separamos mais algumas dicas:
Cuidados com a sua Injeção Eletrônica
- Caso o óleo lubrificante do seu veículo esteja vencido ou com nível baixo, isso irá afetar o funcionamento mecânico do motor, sobrecarregando o sistema de injeção do carro. Então, é muito importante fazer a troca do óleo na quilometragem indicada pelo manual do veículo;
- Não dirija com o carro na reserva, isso aumenta a temperatura dentro do tanque de combustível e danifica a bomba elétrica;
- Os combustíveis aditivados podem ajudar a manter o conjunto da injeção limpo, então, uma boa dica é realizar o uso regular desse recurso. Lembrando que nesse aspecto, é importante seguir o que diz o manual, pois há veículos, como os de injeção direta, que precisam trabalhar com combustível de qualidade superior indicado no manual do proprietário;
- Simples e útil, a recomendação é: nunca lave o motor com jatos de alta pressão. Isso pode levar a falhas no funcionamento dos componentes eletrônicos do seu modulo ECU;
- É importante evitar a aceleração do veículo no momento de dar partida, isso pode causar danos aos componentes mecânicos e comprometer a leitura dos sensores ;
- Em caso de falta de bateria, evite fazer o velho truque de empurra para que o carro “pegue no tranco”.
Fonte: https://www.instacarro.com/blog